sábado, 18 de dezembro de 2010

Como transformal o banal

Como transformar uma fotografia banal, comum, cheia de erros em algo interessante.
Bem, primeiro é preciso saber fotografar, ter uma boa câmara que guarde bastantes detalhes, saber trabalhar com vários softwares de edição de imagem e principalmente saber antecipar o que podemos ou não fazer em pós-processamento.
Primeiro passo: Tirar uma foto com potencial.
(passeio organizado pelos "Valentes d'Aveiro" à Serra da Freita)

Ao olhar para esta foto vemos uma imagem com cores pálidas, pessoas num dos cantos e ainda por cima cortados, uma composição algo descompensada… em que raio estaria a pensar eu quando a tirei?
Bem, é fácil, estávamos aqui à algum tempo, e reparei que o carro do Christian estava num ângulo engraçado em relação à paisagem envolvente, e foi no 200 que me centrei, todo o resto eu sabia que podia alterar, chama-se a isso visão/imaginação (algo necessário a qualquer fotografo.
O que precisava de ser alterado?
Tudo, primeiro foi necessário um “crop” para recompor a composição e transformá-la em algo mais 16:9  e interessante, nem sempre as composições centradas ou seguindo a regra dos terços são as melhores.
Depois, e usando a ferramenta “clone” do Photoshop, retirei o Paulo e o Christian da foto, e fiz alguns melhoramentos no 200 ( ;) né Filipa) . Estando a composição tratada passei para as cores.  
Nem sempre as cores ficam como queremos, em situações dinâmicas, como esta, o melhor é fotografar em RAW e corrigir a exposição, o balanço de brancos e o tint em casa, com tempo em frente ao pc pois se tentarmos fazer isso no terreno podemos perder a cena ou ficar com uma foto simplesmente medíocre.
Neste caso puxei um pouco pela “vibrancy” das cores, reduzia as luzes médias e altas e aumentei as sombras. Isto deixou-a com as cores que desejava. Mas faltava algo.
No Photoshop, dupliquei o layer da imagem e apliquei um filtro “Highpass”, o que torna a imagem cinzenta. Seguidamente é preciso fazer um “blend” dessa imagem cinzenta para voltarmos ás cores “normais”. Isto aumenta os detalhes da imagem e vai buscar pormenores que pensávamos não serem possível de ver na fotografia.  Normalmente uso “soft light” mas também podem usar o “hard-light” se pretenderem muitos detalhes.   
O resultado final é este.


Na minha humilde opinião está muito melhor que a original. Há muitos debates sobre o pós-processamento de imagens. Na minha opinião, se temos capacidade e inteligência para melhorar algo, porque não fazê-lo?  Comparem-no com comida… nós temperamos a comida não temperamos? Comparem com os jipes, quem não gostaria de artilhar o seu 4x4? E os humanos, quando ficamos doentes tomamos medicamentos, certo? Sei lá, se estivermos constipados com muita tosse ou fartinhos de fazer atchim, tomamos um CÊGRIPE, uma aspirina ou algo do género, certo?  
Vá, a quem quiser aprender um pouco sobre como melhorar as suas fotos, é só perguntar, eu respondo. 
Boas fotos e vejam se tratam dessa gripe... 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quase no topo!!!

Agora que já tenho o meu pc de volta, posso voltar a dar vida ao blog.
A foto original foi tirada durante uma ida ao Poço do Inglês e até nem estava mal, mas depois de alterada parece que o grupo tem uns super Discovery! e que a Jú domina! :) 
Foto Original:
Tratamento aplicado: Ajuste de cores, ajuste de sombras, luzes médias e luzes altas, pequeno toque no balanço de brancos, magia na adição da Jú e um upgrade aos 300 e ao 200 que os fez chegar onde nem o patroleiro chegou... melhor do que isso só mesmo o Inglês em pessoa com o seu Frankenyota VX.
O trabalho foi feito com base na ferramenta de clone e de spot healing brush do photoshop. Envolveu redimensionar a fotografia de onde tirei o 90 da Jú, refazer trilhos de subida e acertar todas as margens. No total cerca de 15 mins de trabalho. 
Estão a ver, não precisam de grandes alterações no carro, basta levar um fotografo e já podem dizer que estiveram lá em cima! :)

Mais uma vez, um muito obrigado a todos os que foram ao passeio, especialmente a quem me deu boleia...