terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Continuum of Creation

Recentemente comecei a ler mais um livro de fotografia, “The photographer's eye” do Michael Freeman. E para já apetece-me citar o "Senhor" enquanto deixo mais um exemplo de como idealizar uma boa fotografia. Se uma imagem vale mais que mil palavras, uma boa fotografia quantas valerá?
Uma das coisas que mais me agrada vem logo no inicio do livro, em que ele fala da ligação entre o fotografo e a tecnologia, em que ele descreve o fotografo como sendo alguém que quer sempre estar a par da ultima inovação tecnológica, quer a nível de equipamento, quer a nível de pós processamento de imagens. Mas ele também refere que o equipamento não faz o fotografo, mais uma vez estou completamente de acordo com ele. As minha primeiras incursões na fotografia foram com a maquina que o meu pai usava para fazer fotos dos ralis e da F1, quase não conseguia segurar a tele… que belas recordações, contudo, eram só disparos inconsequentes que resultaram em muitos rolos sem aproveitamento. Quando decidi entrar no mundo digital comecei por baixo, e acho sinceramente que é a melhor forma de o fazer!  Eu trocava de maquina à medida que evoluí-a a minha técnica, a minha primeira digital foi uma Mustek Gsmart mini2! Cabia na palma da minha mão! À medida que me ia sentindo limitado pela maquina, trocava, e já tive… Mini2, D35, MDC5000, S5000, S5500, S5600, E330, 40D… 8 máquinas diferentes!  E é aqui que cito o Senhor “Most people using a camera for the first time try to master the controls but ignore the ideas. They photograph intuitively, liking or disliking what they see without stopping to think why, and framing the view in the same way.”

Como ele próprio diz, “A great deal goes on in the process of making an exposure that is not at all obvious to someone else seeing the result later….” Tudo o que tento aqui é dar umas dicas de como melhorar e optimizar os nossos cliques. Uma reflex nas mãos de um principiante é um pesadelo e é, sem sombra de duvida, estragar dinheiro! Para quem não sabe mais vale uma compacta que faz tudo sozinha de que uma pró ou semi-pró onde é preciso acertar os settings de acordo com o que queremos, e isso requer pensar à frente, ver o resultado final antes mesmo de carregar no botão do shutter release “The technology, of course, is vital, but the best it can do is to help realize ideas and perception”. Uma 5D mkII por si só não faz fotografias, é preciso saber usa-la e saber o que queremos… e quem diz uma 5D diz uma 1000D, até mesmo uma SX30IS pode ser demais…

A foto…
Bem, esta foi tirada durante o mesmo passeio de onde saiu a do ultimo post, que foi organizado pelos” Valentes d’Aveiro”.
Tenho de procurar a ver se encontro os originais desta, para já deixo só o resultado final.



Trata-se de uma panorâmica composta por 10 ou 11 fotos. Usei o “The Panorama Factory” para as unir no modo manual controlando todos os passos. Seguidamente levou um tratamento de cor para puxar um pouco pelos azuis tirando o máximo de proveito do fantástico Céu que estava nesse dia. O trabalho nesta foto está na composição em si e não no pós processamento.  Quando pensei em fazer a panorâmica decidi incluir um pouco de “foreground” nas laterais para criar uma moldura natural na fotografia, usando o paisagem natural e o efeito das nuvens esticadas pelo vento para conferir mais profundidade de campo. Sem estes dois elementos a fotografia seria completamente diferente, e mais desinteressante. Tentei também ajustar foto a foto a exposição de modo a ter um nadinha mais de luz do lado esquerdo e ter a arvore quase em silhueta, isto para acentuar mais o contraste já existente. Ainda não me decidi quanto ás eólicas, para já deixei-as ficar uma vez que passam quase despercebidas e, nos dias de hoje, já fazem parte da paisagem serrana do nosso quotidiano.


Deixo aqui o link para o livro que está à venda na FNAC e em português - http://www.fnac.pt/Olhar-do-Fotografo-Michael-Freeman/a306671
Uma ultima citação para fechar o post de hoje,
If you, unknowing, are able to create masterpieces in color, then unknowledge is your way. But if you are unable to create masterpieces in color out of your unknowledge, then you ought to look for knowledge” já dizia Bauhaus nos anos 20! A minha procura de conhecimento conta já com alguns anos e as minhas fotos levam já mais de 97000 views e mais de 3600 reviews, e reviews feitos por mim... já lhes perdi a conta... Posso ter cara de miúdo, posso até ser miúdo quando comparado com algumas pessoas, mas de fotografia meus caros…

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